sexta-feira, 24 de julho de 2009

moradia . jd . rua joão roby . porto

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Na primeira abordagem do projecto partiu-se de vários pressupostos que me pareceram importantes considerar:

a) A proposta deveria colmatar a empena existente a Norte. O volume proposto colmata na integra a empena existente criando 3 pisos acima da cota de soleira e um vão do telhado em cerca de metade da largura do volume principal onde serão colocados equipamentos técnicos, já que não possui pé direito regulamentar que permitam criar compartimentos habitáveis.

b) Os muros de vedação com os limites do logradouro deveria “uniformizar” e rematar todo o conjunto de construções anexas dos lotes confinantes. A proposta foi no sentido de determinar uma cota média das alturas dos volumes circundantes sendo quebrado em situações de mudança de direcção e encontro com construções novas propostas.

c) O alinhamento do muro de vedação com o passeio público deveria ser regularizado por forma a partir do alinhamento do muro da construção a norte ou a Sul. Optou-se por tomar como referência o alinhamento mais afastado do eixo da rua, alargando o passeio na frente que vamos construir. O remate da diferença é feito por um volume onde se colocaram os contadores gerais de todas as infraestruturas necessárias ao funcionamento da moradia. Desta opção resulta uma cedência ao domínio público da Câmara Municipal do Porto.

d) O acesso automóvel deveria ser feito por forma a evitar o tradicional corredor lateral em rampa e pátio posterior pavimentado, pois desta forma o logradouro sobrante resultaria um espaço residual e sem um uso permanente útil na fruição da moradia. A solução apontada na proposta foi a de “resolver” o acesso automóvel e garagem ao nível do rés-do-chão, passando para o piso abaixo da cota da soleira ( cave ) toda a zona de convívio com a possibilidade de criar uma relação estreita e directa com o jardim que se constrói a poente. Para tal foi feita uma escavação relativamente ao terreno natural de cerca de 1,2 m, para alem da criação de pátios que permitem iluminar e ventilar alguns dos compartimentos que numa situação normal ficariam enterrados.

O programa resultante da proposta é o de uma moradia Unifamiliar de tipologia tipo T4, organizada em 4 pisos, sendo um em cave e os restantes 3 acima da cota da soleira.

Assim :

ao nível do rés-do-chão, organiza-se a entrada de pessoas e automóveis, um espaço de trabalho / biblioteca, sanitário de apoio, escada de acesso aos diversos pisos, elevador e “janela” sobre a sala do piso inferior.

Ao nível do 1º e 2º andares organizam-se dois quartos por piso com a respectiva casa de banho e zona de vestir. Refere-se que dando cumprimento ao novo Decreto Lei relativo à acessibilidade de pessoas de mobilidade limitada ( Decreto-Lei n.º 163/2006 de 8 de agosto) uma das casas de banho está equipada ou terá possibilidade de dar cumprimento ao estipulado no referido decreto. Para alem do aspecto da comodidade, será instalado um elevador que liga todos os pisos por forma a desde já garantir a livre circulação de pessoas com mobilidade condicionada, por outro lado a escada proposta está dimensionada por forma a possibilitar a instalação de plataforma elevatória para movimentação de cadeiras de rodas.

Ao nível do vão do telhado está previsto espaço para colocação de casa das máquinas do elevador assim como todos os equipamentos técnicos necessários, nomeadamente os relacionados com os painéis solares para aquecimento de águas sanitárias e ambiente.

Ao nível da cave organiza-se a cozinha, sala comum, sanitário de apoio, lavandaria, garrafeira, ginásio, sala de apoio e sala de música.

Este piso desfruta directamente do jardim que se situa à mesma cota. No fundo do logradouro surge ainda um anexo para guardar utensílios de manutenção do jardim.

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